quinta-feira, 3 de outubro de 2019

O setor de telecomunicações movimenta R$ 200 bilhões a cada ano


Segundo a consultoria norte-americana MTN Consulting, a venda global de infraestrutura para as operadoras de telecomunicações totalizou US$ 201,1 bilhões em 12 meses terminado em junho deste ano.  No levantamento, foram considerados a venda de hardware, software e serviços para 113 operadoras em todo o mundo.  Se agregar o faturamento dos serviços prestadas pelas operadoras, o volume de dinheiro que movimenta o setor de telecomunicações alcança algo próximo de US$ 500 bilhões ou equivalente a R$ 2 trilhões, grosso modo. 

Segundo a MTN Consulting, a Ericsson foi o destaque na venda de produtos da 5G, que vem atuando com possível detrimento da margem de lucro para ganhar espaço.  Ainda segundo a MTN, a Nokia, está esperando oportunidade para "atacar" as oportunidades.  Apesar de problemas com a "ofensiva norte-americana" contra a empresa, a chinesa Huawei, continua com 22% do mercado global em fornecimento de equipamentos. A consultoria norte-americana vê que as operadoras de telecomunicações em todo o mundo está buscando menor dependência de fornecedor único. 

Na ponta de operadoras de telefonia no Brasil está concentrada em 5 operadoras: Vivo, Claro, Tim, Oi e Algar.  Destas operadoras, a Algar opera especificamente na região do "triângulo mineiro" e a Oi Telecomunicações está em situação de recuperação judicial, agravado com sério problema de caixa.  No Brasil, as operadoras e os fornecedores de equipamentos faturam cerca de R$ 200 bilhões anuais, desta forma, o setor de telecomunicações é um importante contribuinte de impostos e tarifas de diversas natureza, para sustentar o "custo Brasil".  

Ossami Sakamori 

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Agricultura 4.0, quem paga a conta?



Segundo Luis Cláudio França, diretor de conectividade do Ministério de Agricultura, um aumento de 25% nas antenas de telecomunicações, podeira ampliar a conectividade do campo em 107 milhões de hectares.  Uma ampliação neste percentual, segundo ele, é relativamente pequena em termos numéricos, o que equivaleria acréscimo de 2,5 mil antenas rurais, o que daria um custo de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Luis Cláudio França, sugere que o papel de ampliação da rede de conectividade pode ser ocupado por mercado de satélites, por exemplo.  Disse, o diretor de conectividade do Ministério da Agricultura: "Mas não é só conectividade.  O setor agro no Brasil tem imensa necessidade de imagem por satélite, por exemplo, e existe uma oportunidade grande de parcerias. 

Para o Ministério da Agricultura, a ausência de conectividade é um dos graves problemas para o desenvolvimento da agricultura 4.0 no Brasil, que consiste em dotar os centros de produção com capacidade de conectar sensores e maquinários em tempo real.  O Brasil é o segundo produtor mundial de alimentos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, e poderá ser o primeiro até 2025, dobrando a produção para atender a demanda mundial de alimentos. 

Na nossa opinião, a ideia do Luis Cláudio França do Ministério da Agricultura só esbarra na resistência dos operadores do sistema de telecomunicações no País.  Os atuais operadores de telefonia, não tem nenhum compromisso formal com o governo para atender as demandas reclamadas pelo Ministério.  A demanda custaria aos cofres públicos, cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo o Ministério.   Quem vai pagar as contas, é onde vai terminar a discussão sobre conectividade na agricultura, como sempre. 

Ossami Sakamori